sábado, 4 de julho de 2009

4 DE JULHO - A INDEPENDÊNCIA DOS EUA


A Independência dos EUA


INTRODUÇÃO

A Independência das treze colônias inglesas da América do Norte foi um movimento de grande importância, pois foi o primeiro movimento de emancipação que alcançou resultado efetivo, sendo considerada como uma das Revoluções Burguesas do século XVIII. Neste século, vários movimentos caracterizaram a ascensão da burguesia, apoiada nos ideais liberais do Iluminismo.

O ideal iluminista expandiu-se não só pela Europa, mas teve repercussões na América e no caso dos "EUA", foram as idéias de John Locke que encontraram maior eco na sociedade. Locke fora participante da Revolução Gloriosa na Inglaterra (1688-1689), ponto de partida para o Liberalismo do século XVIII, onde se originaram as idéias da existência de Leis naturais do contrato entre govrnantes e governados, da autonomia entre os poderes de Estado, do Direito à revolta e outras, consideradas pontos básicos da liberdade humana.

A SOCIEDADE COLONIAL Apesar das tradicionais diferenças entre as colônias do "norte" e do "sul", a maioria da sociedade colonial passou a defender o ideal de emancipação, uma vez que os interesses do capitalismo inglês opunham-se frontalmente às possibilidades de desenvolvimento colonial. Esse antagonismo era percebido principalmente nas colônias do centro norte, onde já existia uma burguesia, que acumulava capitais principalmente a partir do comércio triangular e que acabou comandando o movimento de independência, contando com o apoio das demais camadas sociais, inclusive de grande parte dos proprietários rurais do sul.

Na década anterior à Guerra de Independência, podemos dizer que a sociedade estava dividida entre duas correntes políticas: os Patriotas ou Whigs, favoráveis à emancipação, mesmo que através da guerra, e os Legalistas ou Tories, fiéis ao Rei da Inglaterra, contrários à idéia de independência. À primeira corrente pertenciam a maior parte da burguesia colonial, os pequenos prprietários, as camadas intelectualizadas, os comerciantes, artesãos, trabalhadores assalariados. Na Segunda corrente encontramvam-se os altos funcionários da administração colonial, parcela dos latifundiários do sul, alguns grupos de comerciantes e de congregações religiosas. Se por um lado grande parte dos colonos estava influenciada pelas idéias iluministas, foi a mudança da política colonial inglesa, após a Guerra dos Sete Anos (1756 --1763), a responsável pela definição política da maioria a favor da independência.


OS INTERESSES


Apesar da importância do elemento ideológico, pesa a situação de grande opressão metropolitana, caracterizada pelo enrijecimento do pacto colonial, mesmo antes da Guerra dos sete anos. Em 1750, a Inglaterra havia proibido a produção do ferro e em 1754 proibiu a fabricação de tecidos. Terminada a Guerra dos Sete Anos a Inglaterra adotou uma série de medidas com o intuito de tornar mais rígido o monopólio sobre as colônias, com o intuito de obter maior riqueza. As terras a oeste, tomadas aos franceses após a guerra foram declaradas da Coroa e portanto os colonos foram proibidos de ocupa-las, frustando as espectativas dos grandes proprietários do sul, que encontravam-se constantemente endividados, na medida em que dependiam do comércio inglês.

Com o pretexto de recuperar as finaças do Estado, abaladas com a guerra com a França, os ingleses adotaram diversas leis coercitivas, que na prática serviriam para garantir o mercado colonial para os produtos de outras colônias ou comercializados por empresas inglesas, particulrmente o chá, monopolizado pela Companhia das Índias Orientais.

As principais leis coercitivas foram:

· Lei do Açúcar (1764) taxando o açúcar que não fosse comprado das Antilhas Inglesas.

· Lei do Selo (1765) obrigava a utilização de selo em qualquer documento, jornais ou contratos.

· Atos Townshend (1767) Leis que taxavam a importação de diversos produtos de consumo. Criavam os Tribunais Alfandegários.

· Lei do Chá (1773) garantia o monpólio do comércio de chá para a Cia das Índias Orientais

· Leis Intoleráveis (1774) Impostas após a manifestação do Porto de Boston, interditava o porto da cidade, imposição de um novo governador para Massachussets e aquartelamento de tropas britânicas.

· Ato de Quebec (1774) impedia que as colônias de Massachussets, Virgínia, Connecticut e Pensilvânia ocupassem terras à oeste. As imposições fiscais, as medidas de caráter repressiva levada a efeito pelas tropas britânicas nas colônias e a influência das idéias iluministas foram responsáveis pela organização de vários movimentos de protestos e principalmente de boicotes aos produtos ingleses e ao mesmo tempo, pelo inicio do movimento de independência.


A GUERRA


Em 1774, os representantes da colônias (com exceção da Geórgia) organizaram o Primeiro Congresso Continental da Filadélfia, onde foi decidida a manutenção do boicote aos produtos ingleses e foi elaborada uma Declaração de Direitos e Agravos. Os colonos reivindicavam a revogação das "Leis Intoleráveis" e o direito de representação no Parlamento inglês, no entanto a Inglaterra manteve-se intransigente, não estando disposta a fazer concessões.

Na maioria das cidades formavam-se comitês pró independência que realizavam a propaganda do ideal emancipacionista e ao mesmo tempo foram responsáveis pelo armazenamento de armas e munições, julgando que o conflito seria inevitável Em 1775 os ingleses atacaram Lexington e Concord.

Os colonos organizaram um exército que seria comandado por George Washington, da Virgínia. Nesse mesmo ano reuniu-se o Segundo Congresso Continental da Filadélfia, de caráter separatista, que confirmou a necesidade de orgnização militar como meio de garantir os direitos dos colonos, confirmou G. Washington no comando das tropas e deu a Thomas Jefferson a liderança de uma comissão encarregada de redigir a Declaração de Independência. A Declaração tem grande significado político não só porque formalizou a independência da s primeiras colônias na América, dando origem a primeira nação livre do continente, mas porque trás em seu bojo o ideal de liberdade e de direito individual, e a idéia de soberania popular, representando uma síntese da mentalidade democrática e liberal da época.
No entanto, a pressão dos grandes proprietário rurais, importantes aliados na Guerra de Independência, determinou a manutenção da escravidão no país.
As tropas inglesas tentaram tomar os principais portos e vias fluviais, com o objetivo de isolar as colônias, enquanto que os colonos ao mesmo tempo que procuravam reforçar suas tropas, buscavam apoio externo: A França entrou na Guerra em 1778 e a Espanha no ano seguinte, em apoio as tropas coloniais, com o objetivo de enfraquecer a Inglaterra no cenário europeu. Em 1781 as tropas coloniais e francesas derrotaram os ingleses na Batalha de Yorktown e em 1783 foi assinado o Tratado de Versalhes, segundo o qual a Inglaterra reconhecia a independência das treze colônias, agora Estados Unidos da América.
Hoje comemora-se a independência de um país construído à base de muita luta e patriotismo, buscando uma liberdade jamais conseguida por nenhuma colônia na mesma época. Como ponto negativo dessa comemoração temos que destacar a ausência de uma independência democrática, onde todos norte-americanos pudessem participar, principalmente os negros, tão importante no processo de libertação da Inglaterra.
Mas, a História realmente é cíclica, sendo o atual presidente dos EUA um negro muçulmano, excelentíssimo Barack Obama. Ele nos mostra que a acada dia a história é dinâmica, sendo a representação e a construção do homem social a base de toda a História. Vamos esperar que essa independência venha realmente acompanhada de uma democracia para todos!!!
Baseando-se nas palavras do querido Barack Obama: "Yes, we can!!!" - Sim, nós podemos modificar tudo e todos que queiram tornar a história restrita a um determinado grupo. A História é de todos e cabe a todos lutar pela sua participação diante dela.
Feliz 4 de Julho a todos, pois essa independência não cabe somente aos norte-americanos, mas a todos que lutaram e lutam ainda hoje pelos ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

segunda-feira, 30 de março de 2009

VAMOS NOS DIVERTIR COM A HISTÓRIA?

Observar a história de maneira divertida é saber a importância que os acontecimentos têm para nossa vida, utilizando-os como forma de aprendizado e de modelo para a construção de nosso presente e principalmente para o nosso futuro. A cada dia que passa ocorrem novos fatos, novas formas de observar a vida que nos rodeia, sendo um fator importante para a construção da História a capacidade crítica e criativa da humanidade. Aqueles que observam a História como algo preparado, estático e principalmente "decorativo" não sabem da verdadeira capacidade de conhecimento que pode gerar ao ser humano o saber histórico e sua imensidão de riquezas e saberes. Venha comigo e vamos desfrutar de tais riquezas que ficarão sempre a sua disposição aqui nesse espaço que pode considerar como SEU! Obrigado pela atenção e vamos aproveitar uma das maiores riquezas que existe no mundo: O CONHECIMENTO!