Boa noite de domingo a todos!
O Impacto na História traz novamente, pensando na melhor preparação possível para o ENEM, o 4° Simulado Enem Impacto na História.
Desta vez aborda o tema Idade Média, especificamente Alta Idade Média, treinando seus conhecimentos sobre Feudalismo, Igreja e Cultura Medieval.
Vamos lá! Sem perder tempo! Baixe o simulado e não deixe de resolvê-lo! O Enem e seus concorrentes estão cada vez mais próximos e a preparação não pode cessar. Firmes e fortes, juntos e misturados rumo à APROVAÇÃO!
4°
SIMULADO ENEM - HISTÓRIA
Prof. Joffreson Santos
01)
Entre as características do feudalismo, sistema político social e econômico
estruturado na Europa nos séculos IX e X estão:
1.
A existência de monarcas poderosos.
2.
A divisão territorial em glebas denominadas feudos e o vínculo de subordinação
entre os indivíduos baseado na posse da terra.
3.
O relacionamento entre os indivíduos do feudo com base em direitos e
obrigações.
4.
O apogeu do liberalismo econômico e grande atividade mercantil entre os
diversos feudos e nações.
A - Se os itens 1, 2, 3 e 4 são os corretos.
B - Se os itens 2, 3 e 4 são os corretos.
C - Se os itens 1 e 4 são os corretos.
D - Se os itens 3 e 4 são os corretos.
E - Se os itens 2 e 3 são os corretos.
02)
“O homem está na terra para servir ao Senhor” é a formulação básica da
ideologia feudal que orienta a cadeia de dependências característica do
sistema.
Assinale
a alternativa que corresponde corretamente a essa formulação:
A - A coerção econômica e a violência eram os meios
de subordinação do servo da gleba, pobre e fraco diante do senhor, que era, ao
mesmo tempo, chefe militar e proprietário rural.
B - O servo da gleba era um arrendatário que devia
pagamento ao senhor pela utilização da terra, em produtos in natura, porque a
circulação da moeda era nula.
C - Embora pobre, o servo era um parceiro, pois
ocupava a gleba e dividia a produção de sua parcela com o senhor.
D - Os camponeses estavam sujeitos à jurisdição do
senhor, a quem deviam obrigações e rendas em espécie; este, por sua vez, devia
serviços a outro senhor, numa escala de dependência pessoal, que caracterizava
o sistema.
E - Enquanto a dependência entre vassalos e senhores
era pessoal e juramentada diante da autoridade eclesiástica, a dependência do
servo era econômica.
03)
O caráter fundamental dessas sociedades
reside nas relações de produção que se acham em sua base; propriedade do senhor
sobre a terra e propriedade limitada do senhor sobre o camponês. Essa
propriedade da pessoa é muito importante; sem ela, o senhor não poderia exigir
os tributos e as prestações pessoais (Marx e Lênin insistiram neste ponto). (THEO
e outros. 1988, p. 29.)
A - escravismo clássico, na medida em que as
relações de produção se baseavam na expropriação do excedente econômico do
senhor sobre o trabalhador rural;
B - escravismo colonial, visto que a metrópole
impunha limites na exploração do escravo, considerado uma mercadoria de alto
valor comercial;
C - feudalismo, já que o servo devia inúmeras
obrigações ao senhor feudal, não podendo abandonar os domínios feudais;
D - período da Baixa Idade Média, quando o
surgimento da burguesia e do comércio reduziu as obrigações entre os senhores e
seus servos;
E - fortalecimento do poder real, na Idade Moderna,
quando o monarca impunha sua autoridade sobre toda a nação, inclusive o direito
sobre todas as terras do reino.
04)
As três heranças culturais que formaram a
Idade Média – a romana, a germânica e a cristã – tinham preconceito em relação
ao trabalho. Na sociedade escravocrata romana, privilegiava-se a dedicação aos
prazeres materiais e às “coisas do espírito” (poesia, filosofia, música); a
sociedade germânica valorizava a riqueza obtida pela conquista; já o pensamento
cristão identificava o trabalho ao resgate do pecado original. Adaptado de:
FRANCO JR. Hilário. Cocanha. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. Com base no
texto e nos conhecimentos sobre o trabalho no medievo, considere as afirmativas
a seguir:
I.
As obrigações dos camponeses variavam conforme a sua condição jurídica (livres,
escravos ou servos), mas o século XI caracterizou-se pela servidão no Ocidente
europeu, o que implicou em obrigações como a corvéia e o pagamento de várias
taxas.
II.
O trabalho não era condizente com a formação da nobreza. Suas riquezas
provinham da exploração dos patrimônios herdados, principalmente terras, e da
pilhagem resultante dos conflitos militares.
III.
O movimento camponês da jacquerie pretendeu a abolição do trabalho, a liberdade
de expressão nos assuntos políticos e religiosos e o estabelecimento de um
governo comunal.
IV.
A partir do progresso agrícola entre os séculos XI e XII, a população, de modo
geral, passou a se alimentar mais e melhor, o que possibilitou o crescimento
demográfico e o sucessivo dinamismo comercial.
V.
A ascensão da burguesia, ao final da Idade Média intensificou a rejeição ao
trabalho, o que se evidencia no crescimento de movimentos anarquistas nos meios
urbanos.
Estão corretas
apenas as afirmativas:
05) O senhor feudal
podia possuir mais de um feudo. Em troca dos serviços dos servos, dava-lhes
terras de arrendamento vitalício. Os poderes exercidos pelos senhores feudais
eram:
A
- judiciais, executivos e legislativos;
B
- judiciais e militares sobre seu domínio;
C
- judiciais, legislativos e militares sobre seu feudo;
D
- judiciais e militares feudais mercenários;
E
- jurídicos e administrativos de seu domínio.
06)
Durante o período feudal (século X ao
XIII), a vida na maior parte da Europa Ocidental caracterizou-se por ser
essencialmente agrária.
Sobre o feudalismo,
julgue os itens como VERDADEIROS (V) ou FALSOS (F):
A - Mesmo com a autossuficiência dos senhorios, em
alguns lugares, havia feiras que se desenvolveram nas proximidades dos castelos
medievais. Quando novas técnicas permitiram melhor aproveitamento das terras e
as trocas de mercadorias se tornaram mais efetivas, os lugares de transações
comerciais foram-se transformando em cidades. ( )
B - O controle do tempo era um aspecto constituidor
do poder teológico da Igreja, ou seja, o tempo era concebido como atividade
religiosa, envolvendo um ritual litúrgico intenso, no qual se celebrava o drama
do Salvador. ( )
C - A idealização da sociedade dividida entre “os
que rezam”, “os que guerreiam” e “os que trabalham” era justificada como um
ordenado sagrado conferido ao clero, que se consagrava como intermediário entre
Deus e as pessoas. ( )
D - A estrutura política do feudalismo se
caracterizava por uma centralização do poder na figura do rei e este mantinha
um controle rígido sobre a propagação da fé e da expansão das atividades
mercantis. ( )
E - Assim como os escravos, os servos eram as
mercadorias mais valiosas que os senhores dispunham em seus feudos e, por isso,
eram agregados à terra. ( )
07)
"(...) Na sexta-feira (7 de abril)
foram de novo prestadas homenagens ao conde, as quais eram feitas por esta
ordem, em expressão de fidelidade e garantia. Primeiro prestaram homenagem
desta maneira: o conde perguntou (ao vassalo) se ele desejava tornar-se o seu
homem, sem reservas, ele respondeu: Quero; então, tendo juntas as mãos,
colocou-as entre as mãos do conde e aliaram-se por beijo. Em segundo lugar,
aquele que havia prestado homenagem jurou fidelidade ao porta-voz do conde, com
estas palavras: Comprometo-me por minha fé a ser fiel daqui por diante ao conde
Guilherme e a cumprir integralmente a minha homenagem, de boa-fé e sem dolo,
contra todos; e, em terceiro lugar, jurou o mesmo sobre as relíquias dos
santos." (Galberto Brugense. Vita Karoli Comitis Flandriae. Monumenta
Germanica Historica. Scriptores, apud PEDRERO-SÁNCHEZ, M. G. história da Idade
Média. São Paulo: editora da UNESP, 2000. p. 96.) As relações feudo-vassálicas
representam o sistema feudal, caracterizando-se pela vinculação pessoal entre
um senhor e seu vassalo. Ainda que haja inúmeras variantes regionais da
aplicação desse modelo sociopolítico, os elementos que as compõem e a natureza
das vinculações mantêm-se as mesmas.
Sobre
esse modelo, é correto afirmar:
1 - As relações feudo-vassálicas explicam as intensas atividades
comerciais estabelecidas entre senhores feudais e a aristocracia guerreira.
2 - O vínculo vassálico que une um senhor a seu vassalo constitui uma
iniciativa de estruturação, controle e unidade dos grupos privilegiados.
4 - O senhor cobra do vassalo fidelidade e serviço e oferece em troca
proteção e benefício.
8 - O feudo constitui um dos elementos fundamentais da relação feudo-vassálica
e materializa o benefitium que o senhor oferece ao vassalo em troca de sua
fidelidade.
16 - As relações feudo-vassálicas envolvem um senhor, que é sempre
poderoso, de preferência um conde, e um vassalo, servo de seu senhorio.
08)
A fim de satisfazer as necessidades do
castelo, os comerciantes começaram a afluir à frente da sua porta, perto da
ponte: mercadores, comerciantes de artigos caros e, depois, donos de cabaré e
hoteleiros que alimentavam e hospedavam todos aqueles que negociavam com o
príncipe (...) Foram construídas assim casas e instalaram-se albergues onde
eram alojados os que não eram hóspedes do castelo (...) As habitações
multiplicaram-se de tal sorte que foi logo criada uma grande cidade. (Jean
Long, cronista do século XIV.)
De
acordo com o texto, o nascimento de algumas cidades da Europa resultou da:
A - transformação do negociante sedentário em
comerciante ambulante;
B - oposição dos senhores feudais à instituição do
mercado no seu castelo;
C - atração exercida pelos pregadores religiosos
sobre a população camponesa;
D - insegurança provocada pelas lutas entre nobres
feudais sobre a atividade mercantil;
E - fixação crescente de uma população ligada às
atividades mercantis.
"Tão
grande era o número de mortos que, escasseando os caixões, os cadáveres eram
postos em cima de simples tábuas. Não foi um só o caixão a receber dois ou três
mortos simultâneamente. Também não sucedeu uma vez apenas de esposa e marido,
ou dois e três irmãos, ou pai e filhos, serem enterrados no mesmo féretro
[...]. Para dar sepultura à grande quantidade de corpos que se encaminhavam a
qualquer igreja, todos os dias, quase toda hora, não era suficiente a terra já
sagrada; e menos ainda seria suficiente se se desejasse dar a cada corpo um
lugar próprio, conforme o antigo costume. Por isso passaram-se a edificar
igrejas nos cemitérios, pois todos os lugares estavam repletos, ainda que
alguns fossem muito grandes; punham-se nessas igrejas, às centenas, os
cadáveres que iam chegando; e eles eram empilhados como as mercadorias nos
navios [...]." (BOCCACCIO, Giovanni. Decamerão. São Paulo: Abril, 1981.)
O testemunho do escritor italiano
Boccaccio faz referência ao advento da Peste Negra na Europa Ocidental, a qual
acelerou a crise do sistema feudal dos séculos XIV e XV.
Assinale,
entre as alternativas abaixo, o fator ao qual essa crise pode ser relacionada:
A - Nos séculos XIV e XV, a economia europeia
tornou-se predominantemente urbana, o que acarretou falta de trabalhadores no
campo para a produção agrícola. Sem boas condições de alimentação, a população
ficou mais sujeita às doenças.
B - O crescimento demográfico afirmou-se ao longo da
Baixa Idade Média até um ponto em que a produção do sistema feudal não foi mais
capaz de alimentar a população, que ficou fragilizada.
C - As técnicas de produção eram muito desenvolvidas
para a época, a ponto de provocarem uma superprodução que gerou o desequilíbrio
do sistema.
D - A servidão, instaurada como forma predominante
de trabalho na Europa Ocidental a partir do século XV, enfraqueceu a população
e levou à mortalidade endêmica.
E - Como resultado da mortalidade provocada pela
Peste Negra, os nobres decretaram leis para auxiliar a população camponesa.
10) Réveillon de 999. Muitos europeus aguardavam
o apocalipse. (...) O réveillon passou. O apocalipse não veio, mas a população
só se acalmou em 1033, mil anos após a morte de Jesus Cristo. Esse "terror
milenar" era uma expressão do caos político que se seguiu à desagregação
do Sacro Império de Carlos Magno. (...).
Forte religiosidade, decadência da autoridade central, invasões,
declínio do comércio e da vida urbana. O feudalismo que surgia dessa crise não
era um sistema elaborado por alguma teoria, mas uma resposta improvisada à
falta de uma autoridade central eficiente. As práticas daí surgidas não eram
uniformes, diferiam de localidade para localidade e, em certas regiões, não
chegaram a criar raízes firmes. (Campos & Miranda, p. 68)
Tomando como referência o texto
aliado aos conhecimentos sobre o feudalismo, pode-se afirmar:
A - A desagregação do Império Romano, ao criar um
clima de instabilidade espiritual, contribuiu para o reforço da religiosidade e
do poder da Igreja Católica, única instituição de caráter universalista na
Época Medieval.
B - O poder da Igreja Católica só se consolidou no
século XI, devido às perseguições empreendidas pelos reinos bárbaros germânicos
aos cristãos, o que contribuiu para a homogeneidade de doutrina e de dogmas entre
os cristãos medievais.
C - O aparecimento do Reino Franco de Carlos Magno
atrasou a consolidação do feudalismo, na medida em que prolongou a atividade
comercial e urbana, com a submissão dos grandes proprietários rurais à
autoridade real.
D - O feudalismo, concebido pela Igreja Católica,
implantou-se de forma homogênea, estabelecendo as mesmas obrigações
feudo-vassálicas e uma sociedade hierarquizada e dividida em castas, por toda a
Europa Medieval.
E - O Período Medieval desconheceu a utilização da
moeda no comércio, que se baseou no sistema de trocas e se restringiu às áreas
internas dos feudos, fruto da condenação, pela Igreja, de qualquer atividade
econômica que produzisse lucro.
11)
É importante notar que os senhores feudais não
tinham a propriedade absoluta de suas terras. A maior parte delas eram doações
feitas pelo rei ou por nobres mais poderosos, que, em troca, recebiam auxílios
em épocas de conquistas. Havia também doações feitas com o objetivo de
estabelecer laços de fidelidade e aumentar o poder. As doações poderiam ser
retiradas, caso o recebedor desses benefícios não cumprisse o juramento e as
obrigações para com o doador. Por isso, vínculos e relações, bastante
personalizados, também se estabeleciam entre os membros da nobreza. (Cáceres,
p. 123)
As relações de
fidelidade referidas no texto organizaram-se:
A - da prática do comitatus, herdada dos
germanos;
B - do beneficium cultivado nos mosteiros e
conventos;
C - do colonato, herdado das relações de trabalho
entre gregos.
D - das banalidades, praticadas pela Igreja na
cobrança do dízimo;
E - da corveia, benefício concedido ao vassalo
que participava da defesa do feudo.
12)
No âmbito da vida sociocultural, a
sociedade feudal clássica caracterizou-se:
A - pelo patriarcalismo dos senhores, que deveriam defender e sustentar
seus escravos;
B - pela predominância de uma atitude laica e humanista diante da vida e
do mundo;
C - pelas relações individualistas, geradas pelo desenvolvimento urbano e
comercial;
D - pelo sentimento de insegurança e pessimismo diante de invasões e
epidemias;
E - pela postura inovadora gerada pelas descobertas científicas e do Novo
Mundo.
13) Leia
atentamente o trecho:
“O
medieval só conhecia um modo de modificar a ordem das coisas naturais: o
milagre. A ideia de impossível não tinha lugar. Em princípio, tudo era
possível. O universo estava completamente embebido de vontade divina. Nada
deixava de ser viável, se estivesse de acordo com este fundamento que presidia
o mundo e as vidas. O universo cotidiano estava inteiramente pontilhado por
milagres, prodígios e maravilhas. Deus não era de modo algum algo remoto”.
(RODRIGUES, José Carlos. O corpo na história. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1999, p.
44.)
A importância do aspecto religioso no modo como o homem
medieval interpretava o mundo em que vivia demonstra o poder que a Igreja
Católica detinha. Esse poder pode ser atribuído a diversos fatores, exceto:
A - ao crescimento do número de
fiéis, fruto de um intenso processo de evangelização de populações que eram
antes politeístas;
B - ao controle exercido sobre a
produção intelectual deixada pela Antiguidade e sobre as atividades de ensino;
C - ao papel de Instituição,
alcançado pela Igreja, ao sobreviver ao fim político e administrativo do
Império Romano do Ocidente;
D - à posição assumida pela Igreja,
na defesa das camadas mais pobres da sociedade, contra a exploração do trabalho
servil;
E - ao poderio econômico que a
Igreja alcançou por meio das inúmeras doações recebidas, inclusive de terras.
14) Analise a figura abaixo:
(COTRIM, Gilberto. História global: Brasil e
geral. São Paulo: Saraiva, 1997. p. 110)
Ela
refere-se às penas aplicadas pelos Tribunais de Inquisição, criados em 1231
pelo papa Gregório IX, com a missão de julgar os hereges. O Tribunal de
Inquisição, estimulado pelas monarquias católicas:
A
- atuou no sentido de combater os movimentos contrários à ordem social
dominante e acabou desempenhando também papel de repressão sócio-política;
B
- manteve uma política opressora e intolerante sobre os povos dominados e
Incentivou o declínio das estruturas socioeconômicas feudais;
C
- favoreceu o desenvolvimento de doutrinas que defendiam a salvação pela fé e
foi responsável pelo surgimento de religiões apoiadas no protestantismo;
D
- assumiu um papel político de destaque no período medieval ao impor ao homem a
moral, a ética e os princípios da região oriental;
E
- contribuiu decisivamente para o nascimento de uma nova civilização, a da
Europa Cristã, e possibilitou a dominação da Igreja romana sobre a sociedade
medieval.
15) Na arte do Renascimento, os ideais da Idade Média começavam
a ser repelidos, mas sua extinção só se daria lentamente. Pois, durante muito
tempo, o espírito medieval estaria encravado na essência do Renascimento.
(Fonte:
Mestres da Pintura. Fra Angélico. 1387-1455. Episódio da Fuga do Egito. p. 59.
Abril Cultural)
Observando-se
a figura é incorreto afirmar que a obra representa:
A - a visão de uma sociedade marcada
pelo pessimismo e desprezo ao cientificismo;
B - a representação da vida de
Cristo com um tom narrativo de forte apelo popular;
C - o desenvolvimento do humanismo e
a valorização do campo na paisagem;
D - a harmonia entre a vida
cotidiana da época e diversos elementos do Cristianismo.
16) “No
coração da obra, esta idéia: Deus é luz. Desta luz inicial, incriada e
criadora, participa cada criatura. Cada criatura recebe e transmite a
iluminação divina segundo a sua capacidade, isto é, segundo o lugar que ocupa
na escala dos seres, segundo o nível em que o pensamento de Deus
hierarquicamente o situou.” (DUBY, Georges. O tempo das catedrais. Lisboa:
Estampa, 1979. p. 105.)
A
citação resume o princípio norteador do estilo gótico, que predominou na arquitetura
e na escultura religiosa da Europa Ocidental no século XIII.
Sobre
esse estilo e seus ideais, assinale a alternativa correta:
A - A necessidade de luminosidade
levou ao desenvolvimento de técnicas cada vez mais apuradas de sustentação de
grandes candelabros nas altas abóbadas, a fim de garantir, com velas de cera, a
luz no interior da construção, visto que a luz natural é escassa na maior parte
do ano nas regiões setentrionais da Europa.
B - Na Idade Média, todos os
pensadores que discordavam do pensamento oficial da Igreja tinham que buscar
espaços alternativos para a manifestação de suas idéias. As catedrais góticas,
construídas nas cidades, são um exemplo desse tipo de espaço.
C - A luminosidade das catedrais
góticas representa uma tentativa dos arquitetos da época de identificar os
espaços sagrados com o entusiasmo predominante no século XIII, decorrente das
boas condições de vida que se instauravam com a conjuntura de crescimento
urbano, mercantil e agrícola que predominava naquele contexto. Com isso, a
Igreja mantinha atualizados seu discurso e presença como convinha ao otimismo
da época.
D - Como as catedrais eram
construídas por mestres pedreiros, ferreiros, vitraleiros e carpinteiros, entre
outros, a arquitetura das altas igrejas e a aparência de poder e verticalidade
das construções decorriam das aspirações desses membros das corporações de
ofícios de conquistarem o poder dentro das cidades.
E - Os vitrais representavam cenas
ocorridas durante a construção das catedrais, que demoravam décadas até estarem
concluídas, e apresentavam sobretudo cenas do trabalho dos mestres e
trabalhadores manuais.
17) "Em
finais do séc. IX surge na literatura medieval, para se espraiar no século XI e
até tornar-se um lugar comum no século XII, um tema que descreve a sociedade
dividida em três categorias ou ordens. As três componentes desta sociedade
tripartida são segundo a forma clássica de Adalberto de Laon do séc. XI:
oratores, bellatores, laboratores." (LE GOFF, Jacques. Para um novo conceito
de Idade Média. Lisboa: Editorial Estampa, 1979.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a estrutura
social da Idade Média, é correto afirmar:
A - Na estrutura tripartida, o
conjunto dos homens livres subsistia sem seus servos.
B - Os oratores, pertencentes à
ordem clerical, recusavam qualquer pagamento pelos seus préstimos, pois a sua
vocação era meramente combater.
C - A atividade religiosa, o
prestígio militar e a incumbência da produção eram, respectivamente, elementos
constitutivos das três ordens no medievo.
D - Os bellatores tinham a
responsabilidade de produzir alimentos para as outras duas ordens.
E - Os laboratores constituíam uma
camada social marcada pelo distanciamento das atividades ligadas à terra e ao
pastoreio de animais.
18) “O desejo de dar
uma forma e um estilo ao sentimento não é exclusivo da arte e da literatura;
desenvolve-se também na própria vida: nas conversas da corte, nos jogos, nos
desportos... Se, por conseguinte, a vida pede à literatura os motivos e as formas,
a literatura, afinal, não faz mais do que copiar a vida.” (HUIZINGA, Johan, O
declínio da Idade Média.)
Na Idade Média essa relação entre literatura e vida foi
exercida principalmente pela:
19) A Idade Média foi
considerada, pelos iluministas do século XVIII, como uma “noite de mil anos”.
Esta afirmativa não é correta. Muita coisa foi inventada e criada durante
aquele período histórico, podendo-se destacar:
1 - As colunas de ornamentação e
sustentação na arquitetura, denominadas coríntia e jônica.
2 - As universidades, organizadas em
corporações de professores e alunos, com governo próprio e autônomo.
4 - A criação de um pensamento
original chamado filosofia escolástica.
8 - A criação, na arquitetura, de um
estilo próprio e característico chamado gótico.
16 - O surgimento do estilo barroco,
com uso excessivo de luzes e cores no seu interior.
20) Sobre a cultura medieval, podemos afirmar:
I. A Idade Média foi um período de expressiva produção
cultural, embora os renascentistas a tivessem denominado de Idade das Trevas
por combaterem a temática daquele período.
II. Enquanto o Renascimento foi um movimento anticlerical e
antiescolástico, a cultura medieval foi essencialmente religiosa e teocêntrica.
III. Entre as obras literárias medievais destacam-se a
“Canção de Rolando”, “Poema do Cid” e a “Canção de Nibelungos”.
IV. O “Romance da Rosa” e a “Divina Comédia” são obras em
que as características religiosas e teocêntricas mais se evidenciaram.
E - apenas I, III e IV.
GABARITO
1) E 2) D 3) C 4) B 5) B 6) V-V-V-F-F 7) SOMA (14) 8) E 9) B 10) A
11) A 12) D 13) A 14) A 15) A 16) C 17) C 18) C 19) SOMA (14) 20) C