sábado, 18 de fevereiro de 2012

REVOLUÇÃO E IDEOLOGIAS NA EUROPA DO SÉCULO XIX

Carnaval a todo vapor, mas jamais deixamos vocês amigos e queridos alunos sem o conhecimento histórico que tanto buscam. Vamos estudar aqui as ideologias que surgiram durante o século XIX, ápice do estabelecimento do capitalismo na Europa. Liberalismo, Socialismo em suas diversas modalidades e o Nacionalismo. Venham nessa maravilhosa caminhada rumo ao maravilhoso mundo do conhecimento histórico! 

Abraço a todos!

1. INTRODUÇÃO

O período conturbado e revolucionário, que parecia ter desaparecido após o Congresso de Viena e com a criação da Santa Aliança, voltou a agitar o território europeu a partir de 1820. 

Os movimentos políticos que sacudiam os diversos países europeus estavam baseados em novas expressões que se tornavam populares entre os homens do século XIX. 
  • Nacionalismo: manifestação do descontentamento dos povos que foram subjugados pelas decisões do Congresso de Viena e queriam a libertação.
  • Socialismo: tornou-se o grito do grande operariado que se formava nos centros industriais e buscava reivindicar seus direitos ou mesmo organizar governos revolucionários.
  • Liberalismo:  transformou-se na ideologia da burguesia, que se consolidava cada vez mais como a camada social dominante, principalmente durante os períodos da Revolução Industrial e Revolução Francesa, defendendo governos constitucionais, a propriedade privada, a não-intervenção do Estado e a liberdade econômica (livre concorrência e liberdade de iniciativa).
Dessa maneira, portanto, o século XIX para a Europa transformou-se num momento de disputas em que Absolutismo e o Mercantilismo foram definitivamente desmantelados, dando lugar a disputas entre Liberais, Socialistas, Nacionalistas e Anarquistas.

2. AS NOVAS IDEOLOGIAS E O MOVIMENTO OPERÁRIO

Se o Liberalismo estabeleceu-se como a ideologia dos burgueses e predominou como modelo político e econômico ao longo do século XIX, é importante verificar, por outro lado, o surgimento de pensadores cuja atenção desfocava-se do capital e voltava-se para a situação vivida pela massa operária que vivia em condições desumanas nos grandes centros urbanos industrializados.
  • O Socialismo Utópico
- Buscavam um "meio-termo" como solução para acabar com as disputas entre socialistas e liberais, diminuindo a exploração dos operários. 
- Acreditavam no modelo cooperativista entre operários e burgueses para diminuir a forma de exploração.
- Foram chamados pejorativamente de "sonhadores" por Karl Marx, pois fantasiavam demais algo que jamais iria ocorrer.
- Teóricos: Saint-Simon (modelo de sociedade em que o Estado burguês prestaria auxílio aos operários); Charles Fourier (criação dos falanstérios, comunidades de trabalhadores sem existir divisão de trabalho); Robert Owen (modelo de governo baseado em cooperativas); Louis Blanc (Estado apropriando-se de todo o sistema de produção).

  • O Socialismo Científico 
KARL MARX
- Surge com as obras de Karl Marx, "O Manifesto do Partido Comunista", "O Capital", juntamente com a colaboração de Friedrich Engels

OBRA INICIADORA DO SOCIALISMO MARXISTA
- Tem como base o Materialismo Dialético, o qual conclui que a matéria é a única realidade existente, negando-se qualquer possibilidade de uma realidade espiritual.
- Desenvolveu o Materialismo Histórico, baseado na ideia de que os elementos econômicos são a base que sustenta a organização jurídico-social-administrativa de um povo. Dessa forma, para os socialistas científicos o que define uma sociedade é o seu modo de produção (escravista, feudal, capitalista ...). 
- Marx defende que a história é feita pela "luta de classes", sendo esse o elemento fundamental na evolução histórica da humanidade. Sempre houve disputas entre dominantes e dominados - patrícios e plebeus; senhores feudais e servos; burgueses e operários.

LUTA DE CLASSES SEGUNDO MARX
- Para o marxismo, a exploração capitalista baseia-se no lucro, que é a apropriação feita pela burguesia daquilo que não é pago ao proletário pelo seu trabalho, por meio da "mais-valia". Através desta o burguês utiliza-se da mão-de-obra do operário da forma que quiser, obtendo o lucro e repassando ao trabalhador apenas o valor referente ao seu trabalho, sendo, portanto, a diferença entre o valor produzido pela força de trabalho e o custo de sua manutenção. Siga o exemplo abaixo, segundo Marx:

Ex: Das oito horas trabalhadas o operário irá receber no máximo somente por 2 horas de seu trabalho. O resto do tempo ele trabalha de graça para o patrão, que embolsa o lucro, sendo este o resultado do trabalho não pago.

MAIS-VALIA

MAIS-VALIA
- Objetivava uma Revolução Operária chegando ao poder e instalando uma Ditadura do Proletariado. Isso somente ocorreria se houvesse uma Internacionalização do Operariado, verificando-se em uma famosa frase atribuída a Marx: "proletários do mundo, uni-vos!". Através dessa revolução a desigualdade seria banida da sociedade e o Estado proletário iria se apossar dos bens de produção (máquinas, fábricas, terras, capital, etc) podendo chegar ao ponto máximo do socialismo científico, o Comunismo.
  • O Anarquismo
- Muito comum ao pensamento dos socialistas científicos.
- Os Anarquistas não apoiavam a Revolução Proletária de Marx.
- Defendia a "destruição do Estado e de qualquer forma de poder sobre a sociedade - escolas, polícia, igreja, etc."
- Teóricos: Proudhon (utópico e anarquista, defendia o roubo de toda propriedade e que deveria ser criado um banco popular de crédito barato); Bakunin (queria o anarquismo revolucionário, através da violência, com a derrubada de todos os governos). 

MIKHAIL BAKUNIN

  • O Socialismo Cristão
- Como forma de reconhecimento da exploração aplicada aos operários, a Igreja começou a defender a organização de sindicatos e maior justiça social.
- Combatendo o "ateísmo" do socialismo científico que estava chegando aos operários, a Igreja buscou reverter o quadro através de uma posição "em cima do muro", ou seja, emitiu uma Encíclica - a Rerum Novarum - publicada pelo papa Leão XIII, em 1891. Nela o clero condenava os abusos do Capitalismo, evocando o lado "cristão" dos burgueses para que diminuíssem a exploração, e condenava o ateísmo e a luta de classes do Socialismo, combatendo qualquer tipo de revolta ou revolução futura. 
- Foi o início de uma emissão de pensamento social da Igreja, mesmo que meio torta claro. 

ENCÍCLICA RERUM NOVARUM - FRANÇA


PAPA LEÃO XIII


SUGESTÕES DE LIVROS E FILMES

1- A volta ao mundo em 80 dias (livro e filme)

Editora Martin Claret - Excelente leitura.

Baseado na obra de Julio Verne, mostra as características do liberalismo europeu no séc. XIX


2 - Orgulho e Preconceito (livro e filme)


Mostra 4 (quatro) irmãs que são cortejadas por seus pretendentes - costumes de uma sociedade burguesa do séc. XIX

Belo panorama da sociedade inglesa do fim do sec. XIX


3 - O Capital  e O Manifesto do Partido Comunista- Karl Marx (livros)


Obra que contribuiu para o movimento socialista científico
Obra chave para o estabelecimento do Socialismo Científico

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

OS HEBREUS

1. INTRODUÇÃO 


Temos um razoável conhecimento acerca dos Hebreus graças à Bíblia. No Antigo Testamento encontram-se relatos dos principais acontecimentos políticos e religiosos desse povo. Bastante cuidado, porém, ao interpretar as informações bíblicas. Sabemos que muito do que foi passado entre gerações veio através de uma linguagem simbólica. 

2. ASPECTOS GEOGRÁFICOS


De origem nômade, os Hebreus vagaram pela região da Mesopotâmia, até serem conduzidos por Abraão à região da Palestina.

A Palestina era uma estreita faixa de terras ao sul da Fenícia, banhada pelo Mediterrâneo, mas extremamente árida, que tinha no Rio Jordão sua fonte de água. Mas essa fonte era insuficiente para a formação de grandes canais e represas como no Nilo, no Tigre ou no Eufrates. 

Mesmo assim, a Palestina sempre foi disputada por vários povos por se tratar de uma região de passagem entre a Mesopotâmia, a África e a Ásia Menor (atual Turquia). 


3. EVOLUÇÃO HISTÓRICA

A) Os Patriarcas

Sabemos que o primeiro patriarca dos hebreus foi Abraão, que conduziu o seu povo para a Palestina (Canaã - a terra prometida). Estabeleceu-se na região juntamente com seus rebanhos, jamais abandonando completamente a característica do nomadismo, pois viviam em tendas.

Logo que Abraão morreu, seu filho Isaac tornou-se o patriarca do povo hebreu, sendo sucedido pelo seu filho Jacó. Retomando o nomadismo e pressionado pelas secas da região, Jacó levou os hebreus para o Egito.

B) O Êxodo

A permanência dos hebreus no Egito foi duradoura, sendo marcados por uma vida difícil, devido aos pesados impostos e trabalhos a que eram submetidos, sendo descrito na Bíblia como escravidão. 


Após a expulsão dos Hicsos do Egito, os hebreus, liderados por Moisés, deixaram as terras egípcias em direção à Palestina. Tal deslocamento foi denominado de Êxodo, sendo celebrado na Páscoa. 

Nesse momento ocorreu a famosa travessia do Mar Vermelho, norteados por Moisés e seu cajado. Através de sua liderança ocorreu o estabelecimento do Estado Teocrático Monoteísta dos hebreus. 

Moisés trouxe as bases sociais, jurídicas e políticas do povo hebreu com os Dez Mandamentos. Dividiu os hebreus em 12 tribos em alusão aos 12 filhos de Jacó. 



C) A Monarquia

Após a fixação dos hebreus na Palestina, surgiram diversos povos que queriam o domínio da mesma região, gerando, portanto uma enorme disputa territorial. Na luta contra esses inimigos Cananeus e Filisteus, as tribos se uniam sob a liderança dos Juízes escolhidos por elas próprias. 

Após a superação do período dos juízes, veio o período monárquico com o primeiro rei hebreu Saul. Seu governo foi marcado pela instabilidade interna e pelas constantes lutas contra os Filisteus. Tanta pressão acabou com o suicídio de Saul.

Davi sucedeu Saul e com suas brilhantes vitórias os hebreus tomaram Jerusalém, transformando-a em sua capital. Nascia a época de apogeu da civilização hebraica. Quanto ao reinado de Davi, você pode acompanhar sua história na série Rei Davi que está sendo transmitida pela Record.


Durante o reinado de Salomão houve um grande desenvolvimento comercial da Palestina. Cosntruiu o grande Templo de Jerusalém, onde ficavam guardadas as Tábuas da Lei. Mesmo com o grande desenvolvimento comercial e o luxo, vieram com eles os pesados impostos sobre a população. 

Com a morte de Salomão, houve uma profunda revolta com a finalidade de estabelecer novamente o sistema das Tribos. Foi denominado de Cisma de Israel. Surgiram então os reinos de Judá, ao sul, com capital em Jerusalém, e ao norte o Reino de Israel, com capital em Samaria. 

4. CULTURA E RELIGIÃO

Jamais a história do povo hebreu pode ser separada de sua religião. Há uma grande ligação entre o monoteísmo hebreu e sua evolução histórica. Eles não eram monoteístas, adquirindo essa característica com o passar do tempo. 

No início Javé era um deus como tantos outros, mas aos poucos foi se estruturando como único deus. No Monte Sinai, Moisés teria recebido as Tábuas da Lei, símbolo da aliança com Javé. A Bíblia foi surgindo aos poucos, sendo dividida em várias partes.

A cultura ocidental herdou vários traços da cultura hebraica presente na Bíblia devido à influência cristã, uma vez que o Cristianismo tem suas raízes e base no monoteísmo hebraico. 





sábado, 11 de fevereiro de 2012

ÁFRICA: O SURGIMENTO DO SERES HUMANOS

O INÍCIO DE UMA HISTÓRIA


Quem diria que o sucesso dos Beatles "Lucy in the sky with diamonds" (Lucy no céu com diamantes) daria o nome ao esqueleto fóssil mais completo e mais famoso da família dos Australopithecus (do latim, macaco do sul). Encontrado em 1974 no vale de Afar, Etiópia, tratava-se de um fóssil feminino, de cerca de 3 milhões de anos, braços longos, pernas curtas, pouco mais de 1 metro de altura. Durante a festa da descoberta arqueológica, alguém deu a ideia de chamá-la de Lucy. Seu nome científico é Autralopithecus afarensis e na Etiópia denominaram-na Dinkenesh, que significa "você é linda". 

Curta um pouco da música lendária dos BEATLES e originária do nome de Lucy:


E claro, observe o fóssil e a reconstrução de Lucy:



Cinco anos depois, a descoberta de pegadas fossilizadas de outros da mesma espécie de Lucy comprovaram a teoria do Bipedismo (quem anda ou se sustenta sobre dois pés). Há cerca de 6 milhões de anos, espécies de primatas teriam liberado as articulações superiores da função de locomoção para outras atividades. Desceram das árvores e aventuraram-se a desbravar o chão, onde não eram rápidos e fortes, nem possuíam garras ou chifres. Progrediram para a interação com as mãos e o sistema cerebral, numa longa trajetória que terminaria na produção de utensílios para o trabalho, para o lazer, para fins bélicos (de guerra). 

Houve uma evolução, gradativa, de deslocamento do solo da natureza para o território da cultura. Esse processo é denominado de HOMINIZAÇÃO, ou seja, o conjunto de transformações anatômicas, fisiológicas, ecológicas e psicológicas pelo qual determinados ramos dos primatas adquiriram características humanas: bipedismo, posição ereta, linguagem articulada e raciocínio desenvolvido. 


Evolução Anatômica dos Hominídeos 

Evolução na utilização de armas e instrumentos
Existe o Elo Perdido?




Estudos mais recentes comprovam que as mudanças evolutivas foram gradativas ou uniformes, não lineares. 
A Paleontologia (ciência que estuda as formas de vida em períodos recuados) traz a todo instante informações que nos permite estabelecer novas hipóteses.

TABELA DO TEMPO GEOLÓGICO


Veja alguns fósseis encontrados e que foram muito importantes para o estudo da Evolução do Homem.

Crânio e mão de um Australopithecus sediba
Crânio da "Garota de Taung", primeira descoberta de um homem-macaco (Pitecanthropus africanus, nome antigo para Australopithecus africanus) feito por Raymond Dart no sul da África
                                               
   O "garoto deTurkana", um notável esqueleto completo do Homo ergaster encontrado na África, no Lago  Turkana, Africa.


Observe abaixo um sumário da linha de evolução do Homem:

  Australopithecus afarensisUm hominídeo bípede, de baixa estatura, de 1.2 a 1.5 de altura, que viveu na África. É o segundo australopitecino mais velho achado. As mãos e os dentes eram similares aos de humanos modernos, mas o cérebro não era maior que o de chimpanzés. As pegadas fósseis dos A. afarensis também foram descobertas.

 Astralopithecus africanus - Com um esqueleto robusto, A. africanus foi o primeiro hominídeo a ser descoberto, na África do Sul, e era semelhante ao A. afarensis. Juntamente com A. robustus, A. aethiopicus e A. boisei, três outras espécies relatadas, eles provavelmente não pertenceram à linhagem Homo, mas formaram um tronco distinto que desapareceu há 1.5 milhões de anos. 
                                                             
 Homo habilis - Foi o primeiro humano a criar ferramentas de pedra e provavelmente tinham comunicação através da fala. Foi a evolução transitória entre H. erectus e os hominídeos. Surgiu e foi limitado à África meridional e do leste, e provavelmente passava parte de seu tempo em cima de árvores, porque tinha braços longos. Entretanto, não foi muito mais alto que o australopitecos.


 Homo erectus Foi o primeiro humano a viajar amplamente e ocupar muitos continentes. Foi encontrados na Java, Indonésia, China, Europa e África. Usava ferramentas e fogo, vivia em cavernas, caçava em grupos e podia sobreviver em ambientes muito frios. Tinha aproximadamente o mesmo peso e altura dos humanos modernos.


 Homo sapiens neanderthalensisConsiderado uma subespécie ou espécie que apareceu em paralelo com o Homo sapiens, ele tinha um crânio achatado e uma pesada crista frontal. O corpo e o tamanho do cérebro eram maiores que os do Homo sapiens. Viveu na África do Norte, na Europa e Oriente Médio. Usavam roupas, cavernas, fogo, enterravam seus mortos e podem ter tido algum  tipo de religião.  Existiu por algum tempo simultaneamente com o H. sapiens, mas desapareceu misteriosamente. 


 Homo sapiens sapiens Este é o ser humano moderno atual e a única espécie viva remanescente de Homo. Foi precedido pelo Homo sapiens arcaico , que apareceu 500.000 anos atrás, viveu na Europa e Ásia, e tinha o cérebro menos desenvolvido. Tem um crânio alto, com o maior cérebro comparado aos outros, não tem cristas orbitais e a face é plana.


CURIOSIDADES!

1. A EVA AFRICANA

Durante mais de um século a Paleontologia foi o carro-chefe das investigações científicas que tentavam reconstituir as nossas origens. Mas com o extraordinário desenvolvimento da biologia molecular e da genética, o estudo dos genes vem ganhando cada vez mais espaço nesse palco. Dessa forma, a ciência contemporânea vem obtendo, nos últimos anos, diversos resultados. Um deles provém do exame dos genes contidos nas MITOCÔNDRIAS (Interagindo com o Prof. Daniel) que só são transmitidos por via materna. Portanto, filhos e filhas herdam seu DNAmt (mitocondrial) das mães, mas apenas as filhas o transmitem aos seus descendentes. 

Mitocôndria: organela celular responsável pela geração de energia para as células

 Em 1987, especialistas dos EUA publicaram na renomada revista Nature (01/01/1987) um estudo segundo o qual a espécie humana atual vem de um tronco materno comum, de origem africana, no qual convergem todas as linhas de DNA mitocondrial. As pesquisas indicam que essa população de mulheres viveu na África há cerca de 200 mil anos. Tais estudos propõem que a transformação a partir das formas primitivas do ser humano foi devida, não a um processo de desenvolvimento paralelo ocorrido em diferentes partes do mundo antigo, mas a uma onda que emanou de uma base africana e espalhou por todo o planeta. Desde que foram publicados, os resultados suscitaram grande polêmica entre os estudiosos.

2. MITOS DA CRIAÇÃO

São muitas as divergências entre a Teoria Criacionista (Deus criou o mundo) e a Teoria Evolucionista de Darwin (Homem como um ser evoluído). 


Existem até mesmo divisões dentro das duas teorias a exemplos das citadas abaixo:

Criacionistas da Terra Jovem 

Em comum, os integrantes desta linha criacionista acreditam que o planeta tenha sido criado por Deus há apenas 6 mil ou, no máximo, 10 mil anos. Subdividem-se em três grupos principais: Terra Plana, Geocêntricos e Heliocêntricos.

Criacionistas da Terra Antiga 

Aceitam as evidências da antiguidade do planeta, mas ainda as encaixam na lógica das escrituras bíblicas. 

Evolucionismo Teísta 

Corrente que aceita completamente a Teoria da Evolução, mas não abre mão de seu caráter divino original. Crê que a descrição do Gênesis é simbólica, levando em conta o estilo literário hebraico da Antiguidade. Acredita que o processo criativo de Deus se expressa através dos postulados da Evolução, não vendo oposição entre Ciência e Fé. É a visão oficial do Vaticano e do papa, assim como da maioria das confissões protestantes, especialmente as denominadas ''históricas''.

Evolucionismo Metodológico Materialista 

Acredita que Deus não interfere no processo evolutivo.

Criacionismo Evolucionário 

Grupo que conjuga influências tanto do ideário criacionista quanto do evolucionista. Considera que Adão não foi o primeiro ser humano criado, mas sim o primeiro dotado de alma por Deus. É muito semelhante ao Evolucionismo Teísta, diferindo apenas em alguns postulados teológicos, sendo mais próximo do judaísmo que do cristianismo.

INTRODUÇÃO À HISTÓRIA

O estudo da História não pode ser imaginado como uma repetição de episódios, o que tornaria sua compreensão enfadonha. Homens e mulheres, no seu próprio tempo, protagonizaram ações e se tornaram sujeitos de sua história.

Muitas vezes, diante do estudo de sociedades e processos do passado, surgem as perguntas: por que estudar algo que já passou? O que vai me acrescentar?

Estudar História não é reviver o passado. Nenhum de nós pode retornar ao mundo dos gregos, romanos ou ao período colonial na América Portuguesa. Porém, o olhar sobre o passado nos leva a pensar sobre outros tempos, outras formas de sociedade e, neste momento, estimulamos nossa capacidade de indagação sobre o nosso presente e de interpretação sobre o passado. 

O conhecimento histórico é instigante, sempre permitindo a todos nós lançarmos questionamentos e realizarmos investigações, a partir das fontes deixadas por sujeitos em outros tempos, povos ou culturas. Haverá sempre VESTÍGIOS de informações, chamados de DOCUMENTOS HISTÓRICOS, que estão registrados em cartas, desenhos em paredes de cavernas, relatos de personalidade ou mesmo de anônimos, processos judiciais ou religiosos, produção material, filmes, fotos, enfim, tudo que possa transmitir informações sobre como viviam as pessoas em tempos remotos da História. 

HISTORIOGRAFIA

Trata-se da arte de escrever a História ou o estudo crítico da História, apresentando 4 momentos em sua evolução:

1. História Crônica: vem da Antiguidade e vai até os cronistas medievais, sendo a história dos heróis, das batalhas, dos reis, dando lições de moral, sendo então a mestra da vida.

2. História-Ciência: surge no século XIX, possuindo características científicas, ligada ao desenvolvimento das demais ciências sociais como a Sociologia, a Antropologia. Formula problemas e dá respostas, usando um método próprio e a análise documental, ganhando assim um sentido objetivo e pragmático, compreendendo as transformações do passado e apontando os rumos do futuro.

3. História Total: é fortemente ligada às ciências sociais, a exemplo do Marxismo, do Estruturalismo. Procura ultrapassar a aparência imediata dos fatos e atingir as explicações mais profundas, tentando captar o sentido das mudanças, privilegiando dessa maneira as rupturas da continuidade.

4. Nova História Social: trata-se de um movimento de oposição à História mais interpretativa, mais estrutural. Busca a valorização da História das Culturas, das Mentalidades, das Representações, dos Mitos, do Cotidiano, sem se ocupar da busca de relações determinantes. 

PERIODIZAÇÃO DA HISTÓRIA

Todos conhecem uma divisão tradicional dos períodos históricos, mesmo sabendo que o fluxo da História é contínuo. 


A escolha das unidades de tempo para periodizar a História é lógica em alguns casos e resultado do hábito em outros. A utilização do calendário cristão é um hábito entre os escritores do Ocidente. Na Antiguidade, a datação dos anos partia do início dos reinos, já os romanos contavam os anos a partir da fundação de Roma. Os gregos usavam como referência os Jogos Olímpicos. 

A cronologia cristã firmou-se definitivamente no fim da Idade Média, claro, não sendo a única a existir, pois os árabes contam os anos a partir da Hégira (fuga de Maomé para Medina em 622 da era cristã). 

A aceitação universal da cronologia cristã fez com que os anos anteriores ao nascimento de Cristo fossem contados de trás para diante. Assim 10 a.C. significa 10 anos antes de Cristo e 10 d.C, 10 anos depois de Cristo. 


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

CONTEÚDOS DE HISTÓRIA - ENEM 2012


Prepare-se para o ENEM 2012!


Diversidade cultural, conflitos e vida em sociedade

- Cultura Material e imaterial; patrimônio e diversidade cultural no Brasil.

- A Conquista da América. Conflitos entre europeus e indígenas na América colonial. 

- A escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.

- História cultural dos povos africanos.

- A luta dos negros no Brasil e o negro na formação da sociedade brasileira.

- História dos povos indígenas e a formação sócio-cultural brasileira.

- Movimentos culturais no mundo ocidental e seus impactos na vida política e social.

Formas de organização social, movimentos sociais, pensamento político e ação do Estado

- Cidadania e democracia na Antiguidade; 

- Estado e direitos do cidadão a partir da Idade  Moderna; 

- Democracia direta, indireta e representativa.

- Revoluções sociais e políticas na Europa Moderna. 

- Formação territorial brasileira; as regiões brasileiras; 

- Políticas de reordenamento  territorial.

- As lutas pela conquista da independência política das colônias da América.

- Grupos sociais em conflito no Brasil imperial e a construção da nação.

- O desenvolvimento do pensamento liberal na sociedade capitalista e seus críticos nos séculos XIX e XX.

- Políticas de colonização, migração, imigração e emigração no Brasil nos séculos XIX e XX.

- A atuação dos grupos sociais e os grandes processos revolucionários do século XX: Revolução Bolchevique, Revolução Chinesa, Revolução Cubana.

- Geopolítica e conflitos entre os séculos XIX e XX: Imperialismo, a ocupação da Ásia e da África, as Guerras Mundiais e a Guerra Fria.

- Os sistemas totalitários na Europa do século XX: nazi-fascista, franquismo, salazarismo e stalinismo. Ditaduras políticas na América Latina: Estado Novo no Brasil e ditaduras na América.

- Conflitos político-culturais pós-Guerra Fria, reorganização política internacional e os organismos multilaterais nos séculos XX e XXI.

- A luta pela conquista de direitos pelos cidadãos: direitos civis, humanos, políticos e sociais. Direitos sociais nas constituições brasileiras. Políticas afirmativas.

- Vida urbana: redes e hierarquia nas cidades, pobreza e segregação espacial.

Características e transformações das estruturas produtivas

- Diferentes formas de organização da produção: escravismo antigo, feudalismo, capitalismo, socialismo e suas diferentes experiências.

- Economia agro-exportadora brasileira: complexo açucareiro; a mineração no período colonial; a economia cafeeira; a borracha na Amazônia.

- Revolução Industrial: criação do sistema de fábrica na Europa e transformações no processo de produção. Formação do espaço urbano-industrial. Transformações na estrutura produtiva no século XX: o fordismo, o toyotismo, as novas técnicas de produção e seus impactos.

- A industrialização brasileira, a urbanização e as transformações sociais e trabalhistas.

- A globalização e as novas tecnologias de telecomunicação e suas conseqüências econômicas, políticas e sociais. o  Produção e transformação dos espaços agrários. Modernização da agricultura e estruturas agrárias tradicionais. O agronegócio, a  agricultura familiar, os assalariados do campo e as lutas sociais no campo. A relação campo-cidade.

QUE VENHA 2012! ENEM ME PASSA PELA CABEÇA DESISTIR DE MEUS OBJETIVOS!

Queridos alunos e admiradores do Impacto na História, um bom dia!

Depois de um 2011 OFF LINE, retornamos nesse ano de 2012 para compartilhar mais e mais conhecimento com todos aqueles que sempre admiraram ou até mesmo com aqueles que querem conhecer a História de uma forma diferente, mais interessante e que possibilite adquirir um conhecimento que jamais se perderá. 



Retornei à família IMPACTO com o objetivo de compartilhar o máximo de conhecimento com os meus alunos, muitos que já me conheciam e outros que tive a satisfação enorme em conhecer durante esses primeiros dias de contato. A possibilidade de exercer as duas profissões que me dão orgulho não tem preço! Advogar e Educar são dois verbos que correlaciono todos os dias, seja em casa, no escritório ou em sala de aula.
Tenho certeza que o blog será um elo entre nós, alunos e professor, com o intuito de sempre solucionar questionamento que possam surgir diante do conhecimento histórico adquirido em sala de aula ou até mesmo nos momentos de estudo em casa. 

Vamos trilhar junto com todos vocês alunos e admiradores do blog o caminho rumo ao riquíssimo saber histórico. Demonstrando que a História jamais foi uma disciplina "decoreba" como muitos citam, mas sim uma fonte eterna de conhecimento acerca de diversos temas.

A todos que querem concretizar o seu sonho de aprovação no ENEM, não tenha dúvida que todos os esforços serão realizados para que esse sonho se torne uma REALIDADE. 


Desde já deixo aqui meus agradecimentos aos diversos atos de RECONHECIMENTO que vieram de queridos alunos e amigos que hoje estão trilhando seu caminho de sucesso em Universidades pelo Brasil. 

Tenho a certeza que o empenho que foi destinado em sala de aula a todos os meus queridos alunos continuará sendo empregado nesse momento de retorno. 

Que 2012 seja repleto de muito conhecimento histórico compartilhado! ENEM me passa pela cabeça deixar de lutar pelo sonho de todos vocês queridos alunos do IMPACTO!

Um enorme abraço do Professor Joffreson Santos e do blog Impacto na História!