sábado, 11 de fevereiro de 2012

INTRODUÇÃO À HISTÓRIA

O estudo da História não pode ser imaginado como uma repetição de episódios, o que tornaria sua compreensão enfadonha. Homens e mulheres, no seu próprio tempo, protagonizaram ações e se tornaram sujeitos de sua história.

Muitas vezes, diante do estudo de sociedades e processos do passado, surgem as perguntas: por que estudar algo que já passou? O que vai me acrescentar?

Estudar História não é reviver o passado. Nenhum de nós pode retornar ao mundo dos gregos, romanos ou ao período colonial na América Portuguesa. Porém, o olhar sobre o passado nos leva a pensar sobre outros tempos, outras formas de sociedade e, neste momento, estimulamos nossa capacidade de indagação sobre o nosso presente e de interpretação sobre o passado. 

O conhecimento histórico é instigante, sempre permitindo a todos nós lançarmos questionamentos e realizarmos investigações, a partir das fontes deixadas por sujeitos em outros tempos, povos ou culturas. Haverá sempre VESTÍGIOS de informações, chamados de DOCUMENTOS HISTÓRICOS, que estão registrados em cartas, desenhos em paredes de cavernas, relatos de personalidade ou mesmo de anônimos, processos judiciais ou religiosos, produção material, filmes, fotos, enfim, tudo que possa transmitir informações sobre como viviam as pessoas em tempos remotos da História. 

HISTORIOGRAFIA

Trata-se da arte de escrever a História ou o estudo crítico da História, apresentando 4 momentos em sua evolução:

1. História Crônica: vem da Antiguidade e vai até os cronistas medievais, sendo a história dos heróis, das batalhas, dos reis, dando lições de moral, sendo então a mestra da vida.

2. História-Ciência: surge no século XIX, possuindo características científicas, ligada ao desenvolvimento das demais ciências sociais como a Sociologia, a Antropologia. Formula problemas e dá respostas, usando um método próprio e a análise documental, ganhando assim um sentido objetivo e pragmático, compreendendo as transformações do passado e apontando os rumos do futuro.

3. História Total: é fortemente ligada às ciências sociais, a exemplo do Marxismo, do Estruturalismo. Procura ultrapassar a aparência imediata dos fatos e atingir as explicações mais profundas, tentando captar o sentido das mudanças, privilegiando dessa maneira as rupturas da continuidade.

4. Nova História Social: trata-se de um movimento de oposição à História mais interpretativa, mais estrutural. Busca a valorização da História das Culturas, das Mentalidades, das Representações, dos Mitos, do Cotidiano, sem se ocupar da busca de relações determinantes. 

PERIODIZAÇÃO DA HISTÓRIA

Todos conhecem uma divisão tradicional dos períodos históricos, mesmo sabendo que o fluxo da História é contínuo. 


A escolha das unidades de tempo para periodizar a História é lógica em alguns casos e resultado do hábito em outros. A utilização do calendário cristão é um hábito entre os escritores do Ocidente. Na Antiguidade, a datação dos anos partia do início dos reinos, já os romanos contavam os anos a partir da fundação de Roma. Os gregos usavam como referência os Jogos Olímpicos. 

A cronologia cristã firmou-se definitivamente no fim da Idade Média, claro, não sendo a única a existir, pois os árabes contam os anos a partir da Hégira (fuga de Maomé para Medina em 622 da era cristã). 

A aceitação universal da cronologia cristã fez com que os anos anteriores ao nascimento de Cristo fossem contados de trás para diante. Assim 10 a.C. significa 10 anos antes de Cristo e 10 d.C, 10 anos depois de Cristo. 


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